Letra: Valete
Gravação : Sérgio Mota (Horizontal Estúdios)
Mistura: CharlieBeats
Pós-Produção: CharlieBeats
Masterização: Chris Athens
Refrão: Loromance
Vozes adicionais: Dino D’ Santiago e Sérgio Mota Spoken
Word: Sérgio Mota
Direccão Musical: Valete
Produtora: Horizontal
Videoclipe: 93 Studios
Preto como Jesus
Preto como Jesus
Preto como Jesus
Preto como a Deusa que me deu à luz
Eu sou Preto como Jesus
Querem tirar a intervenção e o boom bap
Como os media querem tirar pretos da História do Rap
Tutorial de racismo estrutural
Diz-me, quantos George Floyds já tivemos em Portugal?
PSP é como a Jihad no Cairo
Têm mais cadastro que qualquer bairro
Se caem as estátuas dos escravocratas
Consegues dizer quantas estátuas ficarão intactas?
Justiça, nem que seja no ringue
Deixa os sonhos para o Luther King
Fim da escassez do rap frontal
Sou preto como Marquês de Pombal
Como o som no meu texto
Preto como Dom João Sexto
Nosso povo ainda está na cruz
Sou preto como a minha luz
Preto como Jesus
Preto
Nosso povo ainda está na cruz
Sou preto como a minha luz
Preto como Jesus
Preto
Alguns pretos dizem que não gostam de pretas
Acham que é uma questão de preferência
Mente cheia de grilhetas
Neo-escravos, claro, só servem para a subserviência
Não vamos fingir que agora é só progressistas
Interessados em salvar os negros do linchamento
Não vamos fingir que são todos humanistas
E que o André é o único fascista no parlamento
Kanye não mano, é Rakim
Beyoncé não, eu quero Joacine
Pan-Africano ao máximo
Dom José foi pior que Stalin
Kanye não mano, é Rakim
Beyoncé não, eu quero Joacine
Pan-Africano ao máximo
Maria I foi pior que Stalin
Nosso povo ainda está na cruz
Sou preto como a minha luz
Preto como Jesus
Preto
Nosso povo ainda está na cruz
Sou preto como a minha luz
Preto como Jesus
Preto
Preto como os donos do petróleo
Preto como o saque do nosso espólio
Preto como a falta de argúcia no nosso crânio
Preto como o Mar Mediterrâneo
Preto como as religiões impostas
Preto como as chibatadas nas costas
Preto como o Holocausto negro no anonimato
Preto como o filho do estupro que nasceu mulato